De fato, a goji berry tem potente ação antioxidante e alta concentração de vitamina C, que chega a ser 50 vezes maior que a da laranja. Mas somente algumas pesquisas mediram seu efeito direto sobre as enfermidades.

Um estudo publicado no "Journal of Nutrition" em dezembro do ano passado e feito na Universidade de Tuffs, nos EUA, mostrou que a goji berry foi capaz de aumentar o potencial da vacina antigripal em ratos. A fruta, diz o estudo, aumenta a atividade das células dentríticas. que são capazes de levar o vírus até as células de defesa.

Outro estudo, publicado no "American Journal of Clinical Nutrition" em 2008 com 72 pacientes com risco para doenças cardiovasculares, mostrou o efeito protetor da fruta. Os voluntários consumiram porções moderadas da goji berry por oito semanas e tiveram melhora da função plaquetária.

As plaquetas são responsáveis pela coagulação do sangue e a inibição de sua função nesses pacientes contribui para a regulação da pressão sanguínea e a diminuição do mau colesterol pelo aumento do bom colesterol. Esse aumento foi verificado em 5,6% dos pacientes que consumiram a goji berry, contra 0,6% do grupo que não ingeriu a fruta.

A fruta, entretanto, não ajuda a emagrecer, ao contrário do que muitos sites indicam. "Ela é, na verdade, bastante calórica", diz Lucyanna Kalluff, nutricionista e farmacêutica bioquímica. Cada 100 g da fruta desidratada têm 256 kcal. "A fruta confere saciedade, mas não é uma estratégia eficiente porque a pessoa teria que comer muito para obter esse efeito", diz.

Fonte: Folha de São Paulo