Já foram testados implantes sob a pele, bem como injeções a cada três meses, aplicação de ultrassom nos testículos e injeções de testosterona para observar os efeitos contraceptivos.

Até então, os métodos acima demonstraram muitos efeitos negativos, com reações indesejadas como: risco de câncer, problemas cardiovasculares, agressividade, perda do desejo sexual e infertilidade
permanente. Contudo, um novo método já está sendo cotado como um dos mais promissores no desenvolvimento da pílula masculina.

Cientistas da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália, conseguiram evitar que os espermatozoides saíssem junto com a ejaculação, sem afetar a função sexual. Essa é uma nova forma de pensar na solução, pois as pesquisas anteriores trabalhavam em como os homens poderiam produzir espermatozoides não funcionais, o que aumentava os riscos dos efeitos indesejados.

Nos testes realizados em camundongos, os espermatozoides não saiam da sua área de armazenamento,no canal diferente, antes da ejaculação. Assim, o camundongo tinha sua ejaculação normal, mas de forma estéril, sem espermatozoide. Para tal efeito, os pesquisadores mudaram duas proteínas no DNA dos camundongos, responsáveis pela locomoção dos espermatozoides.

O próximo passo da pesquisa é desenvolver uma droga que farmacologicamente possa inibir essas duas proteínas nos humanos, e assim, a tão esperada pílula masculina chegar às farmácias e consultórios médicos. A previsão dessa pesquisa é que a mesma se conclua em, no máximo, dez anos. Mas, o tempo
longo não é motivo para desesperança, pois existem também muitas pesquisas acerca do tema, e que podem trazer resultados em pouco tempo.

Fonte: Espaço Farmacêutico