A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou novas recomendações sobre a vacina contra o papilomavírus humano (HPV). De acordo com as diretrizes da OMS, duas doses, e não mais três, são suficientes para proteger jovens que ainda não iniciaram a vida sexual contra o câncer de colo do útero, causado pelo vírus. A entidade acredita que a nova determinação possa ajudar países pobres a vacinar mais meninas de 9 a 13 anos e, por isso, prevenir a incidência do tumor cervical. As recomendações foram apresentadas no Congresso Mundial de Luta Contra o Câncer, realizado em Melbourne, na Austrália.

"A combinação de ferramentas mais eficazes e acessíveis para prevenir e tratar o câncer de colo do útero contribuirá para aliviar o custo da saúde, em particular nos países com baixa renda", afirmou Nathalie Broutet, epidemiologista da OMS.

O documento da OMS também revisou o protocolo de exames de HPV. Uma vez que o resultado der negativo, a pessoa deve repetir o teste a cada cinco anos, e não a cada dois anos, como ocorre em muitos países.

Brasil — Neste ano, a vacina contra o HPV passou a ser oferecida gratuitamente neste ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 11 a 13 anos. O Ministério da Saúde definiu a estratégia de realizar a vacinação em grupos divididos por faixas etárias. Em 2015, a vacina passará a ser ofertada para o grupo de nove a onze anos e, em 2016, para o público de nove anos.

A vacina brasileira é dividida em três doses. Após a ingestão da primeira dose, a menina recebe a segunda seis meses depois, que é quando já haverá a proteção à contaminação. Passados cinco anos, será aplicada a terceira dosagem da vacina, que serve como um reforço para manter a imunização duradoura.

Em 2014, a meta do Ministério da Saúde era imunizar pelo menos 80% das 5,2 milhões de meninas de 11 a 13 anos do país. A primeira etapa do programa de imunização atingiu 87,5% do público alvo. A segunda fase, no entanto, havia atingido apenas 45% do público alvo dois meses após seu início.

Fonte: Atitude Farmacêutica