A pílula do dia seguinte, ou contraceptivo de emergência, é comercializada no Brasil sem a obrigatoriedade de apresentação ou retenção de receita médica para sua compra. Seu uso não impede a contaminação pelo vírus da AIDS ou mesmo de uma DST, mas impede em até 50% a taxa de uma gravidez indesejada e evita inúmeros abortamentos.

Seu uso deve ser restrito a situações de risco: esquecimento da ingestão da pílula anticoncepcional por mais de 2-3 dias, rompimento da camisinha no momento do coito e também nos casos de estupro. Não é recomendado seu uso no intervalo menor de 30 dias pois ela perde sua eficácia aumentando as chances de gravidez. Além disso, graças a sua alta dose hormonal, ela pode levar a reações adversas acentuadas como: náuseas, alteração no ciclo menstrual, dor de cabeça, dor abdominal e diarreia.

O maior dos questionamentos: ela é abortiva? Como funciona?

Ela não é abortiva. Sua ação é de bloquear a ovulação e com isso dificultar a incidência de uma gravidez. Caso não tenha ocorrido ovulação, o contraceptivo de emergência irá impedir ou retardar a liberação do óvulo, evitando assim a fertilização. Também impede a fertilização do óvulo pelo espermatozoide e impede que o óvulo fecundado se aloje no útero. A pílula impede a formação do endométrio gravídico (camada que recobre o útero para receber o óvulo fecundado e cuja descamação dá origem à menstruação).

Modo de administração:

Quanto mais próximo da relação sexual desprotegida a mulher fizer a ingestão, maior sua eficácia. O prazo limite para ser administrada é de 72 horas porém, nas primeiras 24 horas, sua eficácia já é reduzida para 88%. Existem apresentações com 1 e 2 comprimidos; o ideal é que a mulher tome um comprimido e espere 12 horas para tomar o outro. Entretanto, para não haver esquecimento, ela pode tomar os 2 em uma única dose. Independente da marca, todas são compostas do mesmo tipo de hormônio e dosagem.

Posso tomar ela e continuar com o anticoncepcional tradicional?
O correto é aguardar o próximo ciclo menstrual e iniciar uma nova cartela porém uma nova relação sexual deve ser protegida pois a pílula de emergência não tem efeito acumulativo.

Fonte: Tudo de Drogaria