Os fungos são organismos eucarióticos heterotróficos (não são capazes de produzir o seu próprio alimento e por isso precisam ingerir ou absorver moléculas orgânicas pré-formadas de outros seres vivos) que utilizam uma variedade considerável de fontes orgânicas para nutrição, sendo grandes responsáveis pela decomposição de matéria morta, juntamente com algumas bactérias, reciclando elementos químicos que serão úteis na manutenção da vida de outros organismos.

O primeiro passo para a utilização de fungos na produção de medicamentos foi dado através da descoberta acidental do gênero de fungo posteriormente chamado de Penicillium Notatum, por Alexander Fleming, em 1928. Anos depois, a penicilina foi transformada em medicamento antibiótico, e graças a esse medicamento, doenças infecciosas como pneumonia, sífilis, febre reumática, e tuberculose, deixaram de ser fatais.


A descoberta de Fleming abriu o caminho para a produção de outros remédios à base de fungos, e atualmente duas pesquisas estão sendo realizadas no Brasil sobre medicamentos feitos a partir de fungos.

A primeira pesquisa está relacionada a bioconversão de um resíduo encontrado na casca de frutos cítricos chamado limoneno em um agente anticancerígeno. Tal pesquisa está em fase de testes laboratoriais, mas já se sabe que ela tem chances de trazer grandes benefícios para a sociedade.

A segunda pesquisa diz respeito à produção de uma enzima, a asparaginase, já utilizada no tratamento de leucemia. Atualmente, o medicamento feito com a asparaginase é produzido à base de bactérias. No Brasil, este remédio é importado e há crises de abastecimento da droga. A pesquisa pretende conseguir essa enzima utilizando um tipo de levedura, e não bactéria. Os benefícios, caso a pesquisa seja bem-sucedida, serão diversos, e seria um passo muito importante para o reconhecimento dos estudos em ciência e tecnologia feitos no Brasil.


Fontes de conteúdo: Mundo Educação, Globo Ecologia

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