Diante da pandemia do Covid-19 instituições de saúde buscam métodos que dão maior eficácia para detectar se os pacientes estão ou não infectadas com a doença. Por isso, o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, anunciou um teste para o novo coronavírus capaz de analisar mais de 1500 amostras ao mesmo tempo, uma alternativa para a testagem em massa.

O exame estabelecido no hospital é o primeiro do mundo para diagnóstico do novo coronavírus baseado em Sequenciamento de Nova Geração (NGS, na sigla em inglês) com 100% de especificidade, ou seja, não apresenta casos de falso-positivo.

Essa nova técnica utilizada é tão eficaz quanto à apresentada pelo método convencional, o RT-PCR. Além disso, possui uma capacidade de processamento 16 vezes maior. O RT-PCR tem a capacidade de analisar 96 amostras ao mesmo tempo. Já o NGS, até 1.536 amostras ao mesmo tempo.

Para fazer a coleta da amostra é usado hastes flexíveis estéreis, chamadas de swab, em contato com a região nasal ou saliva, como o RT-PCR.

O teste é feito de acordo com a necessidade do hospital e também como uma alternativa mais confiável para a testagem em massa, já que a única opção até o momento é o teste rápido, que possui uma taxa aproximada de 30% de falsos-negativo.

Para fazer o teste é necessário utilizar uma máquina de sequenciamento genético, na qual, as unidades que pertencem a rede de hospitais Einstein possuem para que todo o procedimento de verificação para a testagem, positivo ou negativo, do novo coronavírus sejam feitos.


Para quem adere o teste, NGS, espera para obter o resultado em média 72 horas, enquanto para realização do teste, PCR, o resultado é obtido em seis horas, porém por ser um teste com o volume de processamento muito maior, ele se apresenta como a melhor alternativa para a testagem em massa.


Em relação aos valores de cada teste para fazer o teste rápido o valor pago será em torno de R$ 350. Já o PCR, cerca de R$ 250. Segundo especialistas do Einstein, mesmo sem cobertura de um plano de saúde por enquanto, o teste NGS deve ser mais barato que o PCR.

Cláudio Terra, diretor de Inovação e Transformação Digital do hospital, em entrevista explicou como funcionará a testagem e afirmou que com o novo procedimento, a doença pode ser diagnosticada no primeiro dia de infecção.

"Esse teste faz diagnóstico de forma tão apurada quanto ao 'padrão ouro' - o PCR. O teste está 100% validado cientificamente e estamos organizando a linha de produção e já no início de junho começaremos a realizar estes testes. A grande vantagem dele é que você consegue fazer um volume de testes muito maior. Ele custará menos, será mais eficiente e poderá diagnosticar a doença no primeiro dia de infecção.", explica.

"Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o hospital realizou cerca de 55 mil testes. " De acordo com Cláudio, com essa nova metodologia, serão feitos 24 mil testes por semana. "A grande questão não é nem a rapidez e sim a escalabilidade. Você consegue colocar um volume de produção muito maior que as técnicas que já conhecemos. E essa é uma inovação tecnológica de caráter mundial.", afirmou Terra.

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Fonte: CNN

Imagem: Pixabay