Considerado um medicamento tradicional, a aspirina é um anti-inflamatório utilizado contra dor. E, o mesmo será testado como um possível tratamento para a doença Covid-19 em um dos maiores estudos do Reino Unido, que examina diversos tratamentos contra esta enfermidade.

A informação foi postada, na primeira semana de novembro, na página oficial do Recovery, grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford e outras instituições de ensino e pesquisa do Reino Unido que estudam tratamento para o novo coronavírus. Além disso, para analisar a eficácia do tratamento utilizando a aspirina o teste está sendo realizado em 176 hospitais e já recrutou mais de 16 mil pacientes.


A escolha específica deste medicamento se dá porque pessoas com coronavírus possuem maior risco de desenvolverem coágulos em seus vasos sanguíneos. Isso porque, as plaquetas, pequenos fragmentos de células no sangue que param o sangramento, parecem ser hiperreativas na Covid-19 e podem estar envolvidas nas complicações de coagulação. Dessa forma, a aspirina atua como um agente antiplaquetário, podendo reduzir o risco de coágulos sanguíneos em pacientes com o vírus.


"Sentimos que era extremamente importante colocar a aspirina nos testes já que há uma forte evidência de que pode ser benéfico e seguro para o tratamento. Além de ser um medicamento barato e de fácil disponibilidade", afirma o professor Peter Horby, um dos chefes do Recovery.

O pesquisador também esclarece que ele e os outros integrantes do estudo estão em busca de medicamentos para a Covid-19 que podem ser utilizados instantaneamente por qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. Peter também ressalta que eles não sabem até o momento se a aspirina é esse medicamento, mas, afirma que vão descobrir.

A intenção é de que ao menos 2.000 pacientes recebam 150 mg de aspirina por dia em conjunto com o tratamento padrão usual durante os testes. A taxa de mortalidade, o tempo de permanência hospitalar dos pacientes e a necessidade de ventilação mecânica serão resultados importantes para avaliar a eficácia do medicamento.


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Fonte: UOL

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