A pressão arterial de algumas pessoas pode aumentar ou cair de forma súbita e em muitos casos a farmácia se torna a primeira alternativa na hora de aferir a pressão. Dessa forma, para verificar a pressão arterial do paciente o farmacêutico deve estar atento para não tomar medidas erradas e que podem prejudicar a precisão do resultado.


Nesse sentido, o coordenador de assistência farmacêutica avançada da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Cassyano Correr, elenca os principais erros ao receber o paciente no balcão da farmácia.

Não receber o paciente na sala de serviços farmacêuticos e sentado


O ideal é explicar rapidamente os objetivos do serviço e o que será feito. Após isso, é preciso ressaltar para o paciente que ele deve esperar de cinco a dez minutos antes de verificar a pressão arterial para que resultado obtido seja mais confiável.

Durante este intervalo o farmacêutico (a) deve coletar alguns dados importantes para a avaliação, que depois serão entregues ao próprio paciente no laudo e na declaração de serviço farmacêutico.

Deixar de lado a coleta de dados básicos


Os dados considerados básicos são: nome completo, sexo, e uma forma de contato como endereço residencial, telefone e/ou e-mail. Também é importante perguntar o peso e a altura, a fim de calcular o índice de massa corporal do paciente.

Vale ressaltar que, nas situações em que o paciente do sexo masculino tem mais de 55 anos e do sexo feminino possui mais de 65 anos, os mesmos se enquadram no fator de risco adicional.

Não questionar sobre histórico de eventos cardiovasculares


O farmacêutico (a) precisa saber se há uma quantidade de fatores que caracterizam o paciente como risco alto ou muito alto. Isso porque, não basta confirmar se o paciente tem hipertensão e se utiliza medicamentos prescritos é necessário detectar outras possíveis doenças, por meio de questionamentos sobre as condições de saúde do cliente.

Não perguntar sobre hábitos de vida


Levando em considerando que se trata de uma avaliação breve, o profissional da farmácia deve questionar a prática de atividade física, o consumo de bebidas alcoólicas e as restrições alimentares do paciente.


Já em relação ao consumo de medicamentos, vale analisar a capacidade do paciente de gerir seu tratamento e eventuais dificuldades de adesão.

É importante observar as classes de medicamentos que são utilizadas, se as associações são usuais e se são remédios da primeira ou segunda linha do tratamento. As respostas obtidas, no entanto, não irão influenciar na estimativa do risco cardiovascular global do paciente, mas serão úteis para conduzir a orientação do farmacêutico e estudar a necessidade de revisão do medicamento prescrito.

Negligenciar os sinais de alerta


É fundamental estar atento nos resultados de pressão arterial que indicam crise hipertensiva, como PAD >120 mmHg, principalmente na presença de sintomas.

Outros sinais de alerta incluem dor no peito de início recente, e dores de cabeça associadas a alterações na fala ou parestesias.

Diante dessas situações, conclua o atendimento e oriente o paciente sobre a necessidade de avaliação médica imediata, em pronto-atendimento. Forneça também uma declaração com resultados da PA e/ou sintomas, juntamente com pedido de atendimento médico. Assine e carimbe.

Se você atua na área da farmácia e deseja ampliar seu conhecimento e se tornar um (a) mais capacitado (a), saiba que o Instituto Monte Pascoal possui a pós-graduação certa para você. Faça a sua matrícula na especialização em Farmácia Clínica com Ênfase em Prescrição e Serviços Farmacêuticos, e Gestão Farmacêutica "Dupla Certificação". Obtenha dois certificados em menor tempo e se torne um (a) especialista no assunto.



Fonte: Guia da Farmácia

Imagem: 123RF