A vacina BCG foi criada com o objetivo de combater a tuberculose, doença causada pelo bacilo de Koch responsável por afetar diversos órgãos do corpo humano, principalmente os pulmões. Essa enfermidade pode ser transmitida pelo ar, geralmente quando a pessoa tosse, fala ou espirra. Apesar da vacina não impedir a infecção por tuberculose e também não inibir o desenvolvimento da doença, ela evita a evolução, na maior parte dos casos, em sua forma mais graves como a tuberculose miliar e a meningite tuberculosa.


A origem do nome BCG da vacina é devido as bactérias da estirpe Mycobacterium bovis, chamada Bacillus Calmette-Guérin, composto usado para fabricá-la. Esse bacilo consegue promover o enfraquecimento de uma das bactérias que causam a tuberculose. Também completa a composição da vacina o glutamato de sódio e a solução fisiológica, soro a 0,9%. Nesse sentido, após ser aplicada o imunizante estimula o organismo, levando à produção de anticorpos contra esta doença, que serão ativados caso a bactéria entre no organismo.

Como a vacina é administrada?


A vacina BCG deve ser aplicada na camada superior da pele, por um médico, enfermeiro ou profissional de saúde treinado. Normalmente, o imunizante é indicado a partir do nascimento até antes de a criança completar 5 anos de idade ou para pessoa de qualquer idade que convive com portadores de hanseníase. A dose única recomendada é de 0,05 mL para bebês com menos de um ano de vida, e de 0,1 mL para os que possuem mais de 12 meses.

O local de administração é sempre no braço direito, e a resposta à vacina leva de 3 a 6 meses para aparecer e pode ser observada quando surge uma pequena mancha vermelha elevada na pele, que evolui para uma pequena úlcera e, finalmente, uma cicatriz. A formação da cicatriz indica que a vacina foi capaz de estimular a imunidade no bebê.

Cuidados


Antes de tomar a vacina a pessoa não precisa ter nenhum cuidado prévio. Após a aplicação é normal haver reação no local e posteriormente formação de cicatriz, por isso, é importante não colocar produtos, medicamentos ou curativos, pois trata-se de uma resposta esperada e normal à vacina.

Além disso, a revacinação de crianças que não desenvolveram cicatriz deixou de ser recomendada pelo Ministério da Saúde em fevereiro de 2019.

Possíveis reações adversas


De maneira geral, a vacina contra tuberculose não leva ao surgimento de efeitos colaterais, além da ocorrência de inchaço, vermelhidão e sensibilidade no local da injeção, que gradualmente muda para uma pequena vesícula e depois para uma úlcera em cerca de 2 a 4 semanas.

Em alguns casos raros, pode ocorrer inchaço dos gânglios linfáticos, dor muscular e ferida no local da injeção. Diante desses efeitos colaterais, o ideal é procurar um pediatra para que a criança seja avaliada.

Contraindicação


A vacina BCG é contraindicada para bebês prematuros ou com menos de 2kg. Nesses casos é preciso esperar que a criança chegue aos 2kg para que a vacina seja administrada. Além disso, pessoas com alergia a algum componente da fórmula, com doenças congênitas ou imunodepressoras, como infecção generalizada ou AIDS, por exemplo, não devem tomar a vacina.

Onde pode ser encontrada


Nas Unidades Básicas de Saúde e nos serviços privados de vacinação.

Duração


A proteção da vacina é variável. O que se sabe é que ela vai diminuindo ao longo dos anos, pela incapacidade de gerar uma quantidade de células de memória suficientemente robusta e duradoura. Assim, sabe-se que a proteção é superior nos primeiros 3 anos de vida, mas não existem evidências de que a proteção seja superior a 15 anos.

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Fonte: Secretária da Saúde RS, Tua Saúde e SBIM Família

Imagem: 123RF