Cientistas ingleses revelaram que o ecstasy, também conhecido como MDMA, pode ser eficaz no tratamento de alguns tipos de câncer de sangue, como leucemia, linfoma e mieloma múltiplo. Os pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, conseguiram modificar as propriedades da droga, intensificando em 100 vezes sua capacidade de destruir células cancerosas. As descobertas foram publicadas na edição bimestral da revista Investigational New Drug.

Há seis anos, os pesquisadores descobriram que os cânceres que afetam os glóbulos brancos do sangue parecem responder a certas drogas psicotrópicas. Entre elas estão pílulas de emagrecimento, antidepressivos da família do Prozac e derivados da anfetamina como é o caso do MDMA. Antes, porém, a dose necessária de ecstasy para tratar o tumor poderia ser fatal ao paciente.

Desta vez, os pesquisadores trabalharam no isolamento das propriedades anticancerígenas da droga e estão estudando formas de conseguir que moléculas de MDMA penetrem nas paredes das células cancerosas mais facilmente.

"A perspectiva de sermos capazes de atacar o câncer no sangue com uma droga derivada do ecstasy é uma proposta genuinamente excitante", diz David Grant, diretor científico da instituição beneficente Pesquisa de Leucemia e Linfoma, que financiou parcialmente o estudo.

"Muitos tipos de linfoma permanecem difíceis de tratar e necessitamos desesperadamente de drogas não tóxicas que sejam eficazes e tenham poucos efeitos colaterais", afirma.

"Embora não queiramos dar às pessoas falsas esperanças, os resultados desta pesquisa demonstram o potencial para avanços nos tratamentos nos próximos anos", afirma John Gordon, professor da Escola de Imunologia e Infecção da universidade inglesa.

Fonte: Mega Arquivo