A descoberta da penicilina em 1928 inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos, medicamentos muito importantes para a saúde humana, pois combatem várias doenças infecciosas que, no passado, ostentavam altas taxas de mortalidade. Eles são como "venenos seletivos", que matam bactérias específicas sem afetar as células do corpo, mas seu uso incorreto é um problema de saúde muito sério, pois pode causar reações adversas, efeitos colaterais e, principalmente, resistência microbiana. Confira alguns erros que devem ser evitados:

Não obedecer ao tempo determinado de uso - O antibiótico tem um tempo específico de vida em nosso organismo após ser ingerido. Conforme a classe de antibióticos e seu tempo de vida, bem como a doença e condição do paciente, o medicamento é prescrito para dez dias, sete dias ou três dias. A melhora inicial após as primeiras doses não significa que a pessoa está curada, apenas que a carga microbiana diminuiu no corpo. "Se o tratamento for interrompido, os micro-organismos, que não foram eliminados, podem fazer com que a pessoa volte a ficar doente", afirma a farmacêutica Patrícia Moriel. Fazer o tratamento durar mais do que o recomendado, também, é errado, pois pode sobrecarregar seu organismo e afetar as bactérias que são benéficas ao corpo.

Não ingerir a dose receitada - A diminuição ou o aumento da dose podem acarretar sérias consequências, desde o agravamento da doença até intoxicação pelo excesso de medicação. Ao escolher a dose, o médico leva em conta não só a doença, como também peso, idade e doenças relacionados do paciente. Se os sintomas piorarem ou se outros aparecerem, orientar o consumidor informar ao médico antes de tomar qualquer atitude.

Esquecer a hora - O intervalo entre as doses é calculado de acordo com a chamada meia-vida do medicamento (tempo em que a concentração dele cai pela metade na corrente sanguínea). Uma dose ingerida antes da hora pode causar intoxicação ou, até, não ser absorvida pelo organismo. "Já quando você se esquece de tomar o medicamento, a bactéria pode tornar a se multiplicar e criar resistência ao medicamento", adverte o infectologista Jorge Amarante.

Fonte: Instituto de Ciência Tecnoloia e Qualidade