As alergias dermatológicas agrupam uma série de alterações dermatológicas que se utilizam dos corticoides tópicos e podemos destacar o eczema de contato, a dermatite atópica, reação alérgica a picada de insetos e alergia da pele como as principais patologias que demandam a utilização destes medicamentos.

O uso tópico dos corticoides, desde que utilizado corretamente, apresenta elevado índice de segurança, com ações mais localizadas e sem apesentar as conhecidas reações adversas da administração pela via oral ou parenteral. Apesar deste fato, a prescrição de corticoides deve passar pelo crivo de um especialista, pois não são totalmente inofensivas sob o ponto de vista das reações adversas.

Embora apresente uma absorção bem menor do que aquela atingida pela via oral e principalmente parenteral pode-se obter maiores ou menores índices de absorção observando certos critérios como a apresentação, concentração e potência dos medicamentos, bem como características da patologia como tamanho, tipo de lesão, localização e classificação, além dos óbvios fatores ligados ao paciente como características da pele, idade, dentre outros.

Se formos resumidamente classificar os corticoides em três níveis, para melhor compreensão, teríamos:

Classificação dos Corticoides Tópicos

a)Pouca potência: utilizados em regiões específicas como face e região genital, indivíduos com pele sensível e crianças.

b)Baixa potência: patologias moderadas localizadas no tronco e áreas perto das extremidades.

c)Alta potência: regiões mais espessas como plantas dos pés e patologias inflamatórias severas.

Que tipo de Corticoide Tópico utilizar?

Pomadas: Apresentam-se com maior poder de hidratação que os cremes, sendo prescritas para lesões secas, crônicas e também em fissuras.

Cremes: Utilizados em lesões úmidas e agudas.

Unguento: Utilizados em regiões espessas com geralmente com uso oclusivo, para aumentar a capacidade de penetração na pele.

Gel e Loção: Utilizados em áreas com pelo. Por possuírem álcool e propilenoglicol podem causar ardência e prurido.

Atenção especial deve ser feita em quadros onde o diagnóstico é inconclusivo, pois pode haver piora da lesão bem como em quadros infecciosos, queimaduras e úlceras.

Reações adversas: Os mais relatados nos estudos com Corticoides Tópicos abrangem:

#acne

#sensação de queimação

#prurido

#foliculite

#hipertricose

#maceração da pele

#pigmentação alterada na pele

#dermatite na face

#estria

#atrofia e adelgaçamento da pele

#dilatação dos vasos sanguíneos, tecnicamente referidos como telangiectasia.

Observa-se que um grupo pequeno de pessoas pode apresentar reação alérgica aos corticoides tópicos ou aos aditivos e outros componentes da formulação. Cabe ao médico realizar os exames necessários para descobrir a causa da alergia.

Em relação ao uso intranasal, as reações adversas mais citadas foram náuseas, vômitos, cefaleia, febre, urticária, irritação nasal, ressecamento nasal, epistaxe, obstrução nasal rebote, tosse, ardência na garganta.

Quanto a aplicação oftalmológica temos a sensação ou ardência, glaucoma com lesão em nervo ótico, alteração da acuidade visual, perfuração do globo ocular e infecção secundária por vírus, bactéria e fungo.

Para concluir, somente use o Corticoide Tópico após consultar o médico, seguindo rigorosamente todas as orientações sobre o número de aplicações, local de aplicação e tempo de tratamento.

Fonte: Atualização Farmacêutica