Nos últimos dias, tem circulado nas redes sociais e em outros veículos de comunicação a informação sobre uma substância chamada Fosfoetanolamina. Tal substância teria sido desenvolvida por um cientista da Universidade de São Paulo (USP), com resultados favoráveis no combate ao câncer.

De acordo com as notícias, o produto estaria sendo distribuído, gratuitamente, aos interessados.
Antes de qualquer medicamento ser disponibilizado para uso do Brasil, é necessária a avaliação de ensaios clínicos. Essa análise tem por finalidade atestar a eficácia e a segurança do produto que será registrado como medicamento no País.

Em alguns casos, a Agência pode autorizar o acesso a medicamentos que ainda não tiveram ensaios clínicos concluídos ou obtiveram registro na Anvisa, como no caso de Uso Compassivo, Acesso Expandido ou por meio do Programa de Fornecimento de Medicamento Pós-Estudo.

A venda ou distribuição de qualquer medicamento sem registro, fora do contexto de uma pesquisa clínica aprovada ou fora de qualquer outro programa de acesso à medicamentos experimentais, é uma prática irregular segundo os princípios de segurança adotados pelas principais agências reguladoras de medicamentos do mundo.

No caso da Fosfoetanolamina, a Anvisa não recebeu qualquer pedido de avaliação para registro desta substância, tampouco pedido de pesquisa clínica, que é a avaliação com pacientes humanos. Isto significa que não há nenhuma avaliação de segurança e eficácia do produto realizada com o rigor necessário para a sua validação como medicamento.

Fonte: Anvisa