A vacina contra o vírus Ebola teve sua eficácia confirmada por cientistas após testes realizados em Guiné e em Serra Leoa. A droga oferece 100% de proteção, segundo o jornal cientifico The Lancet, que publicou o resultado. Batizada de rVSV-ZEBOV, a vacina, produzida pelo laboratório Merck, Sharp & Dohme, foi aplicada em cerca de 6.000 pessoas, adultos e crianças. Dez dias depois, todos estavam imunes à doença. Em um grupo de mesma proporção, que não foi vacinado, 23 pessoas contraíram o vírus. Os escolhidos para receberem a droga tiveram algum contato com alguém infectado com Ebola pelo menos três semanas antes.

Um estoque de 300.000 doses da vacina foi produzido para ser usado em um caso de epidemia. Enquanto isso, a substância passa pelos processos regulatórios nos Estados Unidos e Europa para sua aprovação e desenvolvimento em larga escala. A previsão é que ela esteja disponível até 2018. Poucos efeitos colaterais foram associados ao medicamento. Foi registrado um caso de febre e um de alergia. Mais de 11.000 pessoas morreram com o Ebola no fim de 2013, quando o vírus se espalhou e atingiu pelo menos 28.600 outros indivíduos.

Febre amarela – Enquanto isso, a Angola declarou o fim da pior epidemia de febre amarela do mundo em uma geração nesta sexta-feira, depois de uma campanha de vacinação de 25 milhões de pessoas apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nenhum caso novo da doença surgiu em seis meses. O surto teve início um ano atrás em uma favela da capital, Luanda, e se espalhou por toda Angola. No total, mais de 400 pessoas morreram. Mais de 15 milhões de angolanos e 10 milhões de congoleses foram vacinados durante a campanha. Em setembro, a OMS disse que o surto estava sob controle, mas que era cedo demais para dizer que havia sido completamente erradicado, já que havia mais de 6.000 casos suspeitos da doença transmitida por mosquitos.

As campanhas de vacinação esgotaram o estoque global de 6 milhões de doses duas vezes este ano, obrigando os médicos a administrar um quinto de uma dose normal, tática que a OMS diz proporcionar ao menos uma proteção temporária. O risco de ocorrência de surtos globais aumentou nos últimos anos devido à urbanização e à mobilidade crescente da população, e foi particularmente agudo neste ano por causa do evento climático El Niño, que multiplicou a quantidade de mosquitos. A febre amarela é transmitida pelos mesmos mosquitos que propagam os vírus do Zika e da dengue.(Fonte: Veja)

Fonte: Farmacêutico Márcio Antoniassi

Fonte da imagem: Bolivia.com