Um novo estudo publicado no periódico científico BMJ, e realizado por pesquisadores canadenses, finlandeses e alemães, confirmou o que outros estudos anteriores já sugeriam: os analgésicos, utilizados para combater dores e inflamações, podem aumentar em até 53% o risco de infarto, colocando em risco o seu coração.

O novo estudo revisou as pesquisas realizadas anteriormente, que envolveram mais de 446.000 pessoas com idade entre 40 e 79 anos, entre as quais mais de 61.000 sofreram ataques cardíacos.

O estudo constatou ainda que o risco aumenta de acordo com a dose e a duração do tratamento, mas que não aconteceu um aumento ainda mais significativo no risco após um mês tomando os medicamentos.

Michèle Bally, epidemiologista do Hospital da Universidade de Montreal, no Canadá, afirmou que o aumento absoluto do risco é pequeno, mas ressaltou que, como o risco de ataque cardíaco ocorreu logo na primeira semana e se tornou maior no primeiro mês de tratamento com doses mais altas, ele deve ser ponderado pelos médicos antes da prescrição do tratamento.

O estudo foi apenas observacional, e por isso não é possível dizer por que os anti-inflamatórios estão ligados ao aumento do risco de ataque cardíaco, mas segundo pesquisas anteriores, a ligação pode ocorrer devido a um bloqueio do hormônio chamado prostaciclina, que protege os vasos sanguíneos.


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