Cerca de 80% dos pacientes com psoríase moderada ou grave ficaram completamente livres ou quase completamente livres da doença com uma nova droga chamada ixekizumab, de acordo com três grandes ensaios clínicos de longo prazo liderados pela Northwestern Medicine. Os resultados desses ensaios de fase III foram compilados em um artigo publicado no "New England Journal of Medicine".

"Este grupo de estudos não só mostra níveis muito altos e consistentes de segurança e eficácia, mas também que a grande maioria das respostas persistiram pelo menos 60 semanas sem as erupções da doença", disse o Dr. Kenneth Gordon, professor de dermatologia na "Northwestern University Feinberg School of Medicine" e primeiro autor do artigo.
Afetando cerca de 3% da população mundial, a psoríase é uma doença inflamatória imunomediada que causa coceira, pele seca e vermelha. Também está associada a um maior risco de desenvolvimento de depressão, doenças cardíacas e diabetes, entre outras condições.

O Ixekizumab funciona neutralizando um caminho no sistema imunológico conhecido por promover a psoríase.
Para testar a eficácia da droga ao longo do tempo, e para ajudar os clínicos a determinarem se seus benefícios superam os riscos, o estudo foi submetido a um total de 3.736 pacientes adultos em mais de 100 locais em 21 países. Todos os participantes apresentaram psoríase moderada a grave, que é definida como abrangendo 10% ou mais do corpo. Os pacientes foram aleatoriamente designados para receber injeções de ixekizumab em várias doses ou um placebo durante um período de mais de um ano.

Os pesquisadores avaliaram se o medicamento reduziu a gravidade dos sintomas de psoríase em comparação com o placebo e avaliou a segurança monitorando efeitos adversos. Na 12ª semana, entre 76,4% e 81,8% dos pacientes tiveram a psoríase classificada como "clara" ou "mínima" em comparação com 3,2% dos pacientes que fizeram uso do placebo. Na 60ª semana entre 68,7% e 78,3% dos pacientes ainda haviam mantido a melhora.

"Com base nos dados obtidos, esperamos que 80% dos pacientes tenham uma taxa de resposta extremamente alta para ixekizumab, e cerca de 40% ficarão completamente livres da psoríase", disse Gordon. "Há dez anos pensávamos que a eliminação completa desta doença era impossível, que era algo que nem poderíamos ter a pretensão de tentar. Agora, com essa droga, estamos obtendo níveis de resposta mais altos do que nunca antes".

Os efeitos adversos associados ao ixekizumab incluíram taxas ligeiramente mais altas de neutropenia (baixa contagem de glóbulos brancos), infecção por fungos e doença inflamatória do intestino, em comparação com o placebo. Isso quer dizer que a segurança da terapia em mais de 60 semanas precisará ser monitorada no futuro.

Fonte de conteúdo: Science Daily
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