Nessa quinta-feira, 28 de março, durante a 65ª Reunião geral dos conselhos Federal e regionais de Farmácia, que acontece em Brasília, foi dado mais um importante passo em direção à assistência farmacêutica inclusiva. A professora doutora Deuzilane Nunes, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), de Petrolina (PE), apresentou aos conselheiros federais, diretores de conselhos regionais e farmacêuticos presentes, o cronograma para a criação do primeiro Vocabulário farmacêutico bilíngue (português/libras), do Brasil.

O projeto tem o objetivo de realizar o mapeamento, a criação, a documentação e o registro de léxicos de sinais-termos farmacêuticos da Libras em Vocabulário Farmacêutico Terminográfico Bilíngue (Libras – Português) "FarmaLibras". "Com essa ferramenta em mãos poderemos colaborar para a orientação efetiva a população surda acerca do uso racional de medicamentos, expandir o léxico de sinais-termos da área farmacêutica, e ainda contribuir para a formação técnica farmacêutica de surdos.

Acompanhada da tradutora e intérprete de LIBRAS, Núbia Flávia Oliveira Mendes, a professora Deuzilane Nunes afirmou que até o mês de novembro de 2019, a equipe de farmacêuticos e intérpretes que estão desenvolvendo o projeto deve entregar a 1ª Versão do FarmaLibras.


"Esse projeto está saindo do papel em tempo recorde porque a ideia surgiu há menos de seis meses, com a elaboração e aprovação pelo Plenário do CFF da Resolução CFF nº 662/18, que estabelece as diretrizes para a atuação do farmacêutico no atendimento à pessoa com deficiência. Foi a primeira resolução do gênero no país e certamente inovaremos mais uma vez com a publicação deste Vocabulário. Me orgulho de fazer parte dessa importante e inédita iniciativa", comentou o presidente do CFF, Walter Jorge João.

O projeto é coordenado pela professora Deuzilane Nunes, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), de Petrolina (PE), com a cooperação das universidades federais de Sergipe (UFS) e de Santa Catarina (UFSC) e conta com o apoio dos conselhos regionais de Farmácia.

"O CFF está fazendo história ao ser o primeiro conselho de classe a atentar-se para a urgência da atuação profissional junto à pessoa com deficiência. TODOS, sem exceção, têm o direito ao acolhimento pelos serviços de saúde. Inúmeros são os casos e relatos de negligência e descaso à saúde da pessoa surda; pessoas que receberam diagnósticos errados, entre outras dificuldades. Nossa esperança é ver essa realidade mudar, em breve", completou Deuzilane Nunes.


Fonte de texto: www.cff.org.br

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