Circula novamente nas redes sociais uma mensagem sobre a fenilpropanolamina, com a informação de que a substância pode causar até "hemorragia cerebral" e faz parte da composição de 22 medicamentos comercializados atualmente no Brasil. O conteúdo da mensagem é #FAKE. Ele é compartilhado há pelo menos uma década e a substância citada foi banida do país no ano 2000.

A informação já foi desmentida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2017, pelo Ministério da Saúde em setembro do ano passado e também foi tema de reportagem publicada no site do EXTRA em 2015 e no G1 há dois anos.

Segundo o Ministério da Saúde, a substância já foi utilizada em alguns medicamentos disponíveis no mercado, mas foi banida do Brasil e no restante do mundo em 2000.

"Na época, este ingrediente foi retirado do mercado depois que o Food and Drug Administration (FDA), agência de medicamentos dos Estados Unidos, constatou que a substância vinha provocando hemorragia cerebral fatal em alguns usuários. No Brasil, não foram registrados casos e a suspensão foi preventiva", esclarece o órgão.

Atualmente nenhum medicamento disponível no comércio brasileiro possui a fenilpropanolamina

A mensagem compartilhada no WhatsApp é creditada ao médico Maurici Aragão Tavares. Em 2015, ao EXTRA, ele já havia esclarecido que teve seu nome e CRM vinculados a mensagem, mas não é o autor do texto. O médico explicou que a mensagem falsa já circula há mais de dez anos:

"O assunto vem à baila desde 2005, já me causou grandes constrangimentos. O e-mail é falso, inidôneo, usaram meu nome e CRM para difundir mensagens falsas. Existe um documento público em cartório, na cidade de Santos, desde essa época refutando a autoria de tais mensagens. Em pleno século XXI é incrível como mensagens assim alcancem ainda notoriedades", disse o médico por e-mail.


Fonte de texto: g1.globo.com