Foram 3 dias, cerca de 350 participantes, 5 palestras, 18 oficinas, 5 mesas-redondas, e muita troca de experiências e cooperação entre membros de comissões de ensino dos conselhos de Farmácia, coordenadores de curso, professores, pesquisadores em educação, estudantes e profissionais.

Em debate, a inovação e a integração dos eixos Cuidado em Saúde, Tecnologia e Inovação em Saúde e Gestão em Saúde que são considerados estruturantes para os cursos de Farmácia e que devem ser implantados até outubro de 2019, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs/2017).

"Entendemos que somos um conjunto e trabalharemos juntos pela inovação e pela qualidade na formação do farmacêutico. A evolução acontece, independente de nós e temos que acompanhar da melhor forma possível. E o primeiro passo, sem dúvida é a união e integração entre academia, sociedade e entidades representativas da profissão. Essa Conferência é um grande avanço no caminho que leva à efetiva implantação das Diretrizes", comentou Lenira Costa, vice-presidente do CFF, durante o encerramento do evento.

Para Millena Freitas, presidente da Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia (Enefar), a integração é fundamental para acompanhar a evolução. "Unir educadores, profissionais e estudantes é muito proveitoso. Espero que cada um de nós retorne aos seus estados com melhores condições de formar e informar os futuros farmacêuticos", comentou.

Durante o encerramento, a presidente da Assessora de Ensino Farmacêutico (Caef) do CFF, uma das organizadoras do evento, Zilamar Camargo Costa, lembrou aos coordenadores de curso que a implementação das diretrizes curriculares não pode ser uma busca incansável por percentuais. "Isso foi consenso em todas as oficinas, palestras e mesas deste evento. É preciso relacionar as competências curriculares com os eixos determinados nas diretrizes. E isso exige muito estudo e compreensão do funcionamento de cada curso, de cada matriz curricular, de cada corpo docente e de cada corpo discente. Podemos fazer o mesmo bolo, com a mesma qualidade, usando receitas diferentes. Por isso, precisamos ouvir e cooperar", completou.

"O caminho andado até aqui é muito válido e positivo, e apesar dos desafios que nos esperam, sabemos, agora, que podemos contar com o valioso apoio das entidades que representam a categoria. Encontrar soluções para problemas complexos nunca foi fácil, mas com união, é possível", comentou Nilce da Fonte, professora e coordenadora do curso de Farmácia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Além da cooperação entre instituições de ensino e entidades que representam a categoria, o professor Willian Peres, presidente da Comissão de Ensino (Comensino) do CFF e membro da comissão organizadora do evento, lembrou que apesar da necessária inovação tecnológica, o papel do professor continua fundamental no processo de ensino e aprendizagem como motivador do aluno na busca por conhecimento.

Peres lembrou que o evento alcançou o seu objetivo ao promover o debate e a reflexão sobre o futuro da formação farmacêutica, no país. "Novos desafios estão à nossa frente. Temos, Caef, Comensino, Abef, com apoio do CFF, o compromisso de auxiliar os coordenadores de formas variadas e lembrá-los de que não estão sozinhos nesse processo de implantação das diretrizes, para que possamos formar pessoas que tenham a capacidade de pensar, criar e transformar realidades com ações que visem o bem-estar para a população", completou.

FORMAÇÃO FARMACÊUTICA NO BRASIL - durante evento foi lançado o livro "Formação Farmacêutica no Brasil", a publicação é uma compilação dos resultados de relatórios anuais que a Comissão Assessora de Educação Farmacêutica do Conselho Federal de Farmácia (CAEF/CFF) apresentou à Diretoria do CFF, desde 2009.

"É um documento inédito, fruto de anos de pesquisa, análise e compilação de dados que traçam o atual perfil da formação farmacêutica no país e nos dá informações para ações futuras", comentou o presidente do CFF, Walter Jorge João.


Fonte de texto: Cofen

Fonte de imagem: crfsc.gov.br