A poluição do ar e as mudanças climáticas estão mudando dramaticamente o padrão global de doenças respiratórias. Neste contexto, os farmacêuticos comunitários são essenciais para garantir a conscientização dos pacientes e orientá-los de forma prática sobre como gerenciar os efeitos desse problema em curto e em longo prazo.

Essa foi a conclusão da mesa redonda "Poluição do ar e saúde respiratória: como apoiar melhor os farmacêuticos comunitários", promovida no dia 24 de setembro, durante o 79º Congresso da Federação Internacional dos Farmacêuticos (FIP), em colaboração com o Instituto de Respiração Limpa (TCBI).

Durante a oficina discutiu-se sobre o papel atual dos farmacêuticos frente às necessidades de pacientes com doenças respiratórias crônicas, identificou-se lacunas para o avanço da atuação dos profissionais nesta área, elencou-se estratégias prioritárias para apoiar a atuação dos farmacêuticos em doenças respiratórias e impacto da poluição do ar.

Para a reunião foram convidados especialistas que trabalham ativamente na área da saúde respiratória ou têm um papel de liderança internacional na farmácia comunitária. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) foi representado pela assessora da Presidência, Josélia Frade, especialista em cuidado farmacêutico para pacientes com asma. Ela levou para a reunião a experiência do projeto Farmacêuticos em Ação no Bem-Estar Global.

Em uma das edições, o projeto trabalhou especificamente na orientação às pessoas com asma e em várias outras, prestou atendimentos a esses pacientes, com medida de capacidade respiratória, demonstração de como confeccionar espaçadores caseiros, além de folders educativos sobre uso correto de dispositivos inalatórios. Também foi apresentado aos participantes da reunião a edição especial do Boletim Farmacoterapêutica, produzido pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Medicamentos (Cebrim), do CFF, sobre o tema.

"Compartilhar essas experiências e discutir estratégias para o gerenciamento de doenças respiratórias na comunidade foi muito positivo para nós. O farmacêutico tem um importante papel na prevenção, no diagnóstico precoce e no controle de doenças respiratórias. Essa troca de experiências vai contribuir para aumentar a participação dos farmacêuticos no cuidado à saúde dos pacientes com asma em todo o mundo", comentou Josélia Frade.

Fonte de texto: Conselho Federal de Farmácia