Sentir alergias seja ela qual for não é algo incomum entre as pessoas. Por isso, não é à toa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 8 de julho como Dia Mundial da Alergia, com o intuito de alertar a população quanto à relevância do tratamento desse problema. Apesar de ser comum, a alergia em certos casos pode causar sérias complicações à saúde e até o óbito.

De modo geral, a alergia é causada por uma resposta exacerbada do sistema imunológico a certas substâncias, entre elas, alimentos, medicamentos, insetos e até mesmo de contato superficial com materiais.


Com as diversas alergias existentes, o farmacêutico é um profissional da saúde qualificado para ajudar e orientar o paciente na identificação de uma alergia, encaminhando a pessoa para o serviço de saúde sempre que necessário, e até mesmo no acompanhamento do tratamento medicamentoso para controlar determinadas reações alérgicas.


Segundo a farmacêutica, Pamela Saavedra, do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Federal de Farmácia (Cebrim/CFF), o farmacêutico pode contribuir na orientação quanto ao uso dos medicamentos. "É importante ressaltar que intervalos e duração do tratamento devem ser seguidos para obtenção dos benefícios esperados, principalmente quando há o uso de medicamentos corticosteroides, que precisam de acompanhamento estreito", esclarece.


A farmacêutica explica que, entre as diversas atribuições, o farmacêutico pode auxiliar o paciente no seguimento das medidas não farmacológicas que complementam o tratamento medicamentoso. "O farmacêutico pode orientar, por exemplo, no controle ambiental, que engloba todas as ações voltadas a reduzir a exposição do paciente alérgico a alérgenos e irritantes ambientais", diz Pâmela.

Além disso, os farmacêuticos também atuam nos bancos de leite, orientando sobre a amamentação, que, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) o período de amamentação é de extrema importância, pois além de ser saudável para o bebê contribui na prevenção de alergias.


A ASBAI aponta que as alergias atingem aproximadamente 30% da população no Brasil, sendo o público infantil o mais afetado, 20%. A entidade estima que, até o ano de 2050, o índice de pessoas com alergias representará 50% da população global.

"Há duas fases diferentes na reação alérgica: a imediata, que ocorre dentro de 30 minutos após a exposição ao antígeno e inicia as manifestações clínicas, e a tardia, verificada de 4 a 6 horas em média após o paciente apresentar hiper-reatividade ao estímulo. Exemplo disso é a rinite alérgica em que ocorre obstrução nasal, rinorreia aquosa, secreção de muco e espirros", explica a farmacêutica.

Vale ressaltar que qualquer parte do corpo está suscetível às reações alérgicas como: asma, rinoconjuntivite, sinusite, dermatite atópica ou de contato, entre outras. A farmacêutica Pâmela explica que as situações mais graves, de hipersensibilidade que resulta em anafilaxia, hipotensão, obstrução de via respiratória devido a edema laríngeo em que é recomendado o uso de medicamento injetável para aplicação imediata são mais raros.

Entre os diversos sintomas da reação alérgica estão: dificuldade em respirar coriza, coceira no nariz, olhos ou pele, espirros, lesões cutâneas, náusea e vômito. Já os casos de rinoconjuntivite alérgica, dermatite atópica ou eczema atópico, urticária e angioedema devem ser diagnosticadas pelo médico, que selecionará a melhor opção terapêutica para o paciente.


"É importante diagnosticar e tratar as alergias, pois elas podem levar ao desenvolvimento de doenças como asma brônquica. Para um diagnóstico preciso, um especialista deverá ser consultado", finaliza Pamela Saavedra.

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Fonte: Conselho Federal de Farmácia

Imagem: Freepik