Os medicamentos quimioterápicos ou também conhecidos como antineoplásicos precisam de uma atenção maior dos profissionais que o manuseiam, principalmente, em situações relacionadas a farmacovigilância. Todo o cuidado é necessário porque em situações contrarias, na qual, o manuseio é feito sem precaução podem causar risco à saúde.


Entretanto, o tratamento oncológico pode ser a única chance de sobrevivência para milhares de pessoas em todo o mundo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 7 milhões de pessoas morrem anualmente por causa do câncer. Destas, mais da metade possui idade entre 30 e 69 anos.


Sendo assim, é fundamental que o manuseio dos medicamentos quimioterápicos seja realizado de forma segura e eficaz, pois, auxiliam o paciente assim como os profissionais da saúde envolvidos no processo.


Por que os medicamentos quimioterápicos podem ser prejudiciais?


Apesar da quimioterapia ser um dos tratamentos mais usados e eficazes para vários tipos de tumores, também é considerado bastante agressivo ao organismo humano. Por isso, o manuseio desses medicamentos exige atenção desde a fabricação até a dispensação ao paciente.


Toda essa cautela é devido a nocividade das substâncias utilizadas, que agem como inibidores de crescimento e disseminação de células cancerosas. Por exemplo, a presença de bactérias mutagênicas em alguns medicamentos quimioterápicos.

Por mais que a quantidade de agentes nocivos na composição seja mínima, em longo prazo, a toxicidade desses medicamentos é capaz de causar reações leves, moderadas ou graves. Sobretudo se houver exposição sem as condições recomendadas de proteção e segurança.

É por isso que os efeitos colaterais nos pacientes são tão marcantes e exigem certos cuidados especiais com a saúde durante o período de tratamento.


Segundo a Sociedade Americana de Farmacêuticos do Sistema de Saúde (ASHP), um medicamento é considerado perigoso se apresenta uma ou mais das seguintes características:

- carcinogenicidade: quando uma substância ou agente é capaz de induzir um carcinoma;

- teratogenicidade: quando um fármaco possui capacidade de causar anormalidades fetais;

- genotoxicidade: capacidade de alguns agentes químicos de danificar a informação genética de uma célula, causando mutações;

- toxicidade de órgãos a baixas doses;

- toxicidade reprodutiva.

Importância da segurança no manuseio


Se tratando do ambiente hospitalar, todas as atividades relacionadas a oncologia precisam de máxima atenção. Desse modo, a gestão deve ter como premissa a análise de criticidade, prevendo os riscos potenciais dos processos. Principalmente aqueles onde há contato com medicamentos quimioterápicos.

O risco de exposição dos profissionais de saúde à medicamentos perigosos inicia no momento que essas substâncias chegam à instituição. E o processo só se encerra com o descarte adequado dos resíduos.

O manuseio desses medicamentos dessa ordem exige o preparo da substância e a administração ao paciente. Seja por via intravenosa, subcutânea, tópica ou oral. Além disso, são os farmacêuticos e enfermeiros que lidam extensivamente com esses agentes químicos. Mas, essa exposição a medicamentos perigosos também pode ocorrer a outros membros da equipe, ou até mesmo fora dos ambientes de assistência médica.

Contudo, todos aqueles que são responsáveis pelo recebimento, inspeção e transporte de medicamentos quimioterápicos estão expostos à contaminação. Por isso, é importante que todos tenham ciência do risco e pratiquem o manuseio de medicamentos seguro.

Para que o manuseio seja feito de maneira adequada é fundamental a aplicação das técnicas e procedimentos indicados na legislação. O cuidado e segurança é necessário mesmo que o risco potencial seja mínimo.

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Fonte: Conselho Federal de Farmácia

Imagem: Envato Elements